1 de jan. de 2015

Ao que me deixa

Eu e ele nos encaramos com sorriso sacanas no rosto.


Terminou.


Fizemos o que podíamos, descobrimos o que queríamos e foi, no fim, muito mais do que imaginamos que seria. Não há agora o que se fazer. Há um abraço rápido e desajeitado, como são todos os meus abraços, e então ele segue sem olhar muito para trás.


É. Ele foi de arrasar. Ele terminou com minhas crenças e me deu uma ousadia antes impensada. Ele me fez viver ao som de Lana Del Rey. Sim, ele me deu asas, rodas e a noção da minha capacidade.


Claro, ele também me levou ao chão. E nem sempre por bem. Muitas vezes ele me deixou chorando sozinho, fez com que eu me arrependesse de tudo, obrigou-me a repensar cem vezes a vida inteira.


Por outro lado, ele me mostrou que algum poder eu tenho. Que eu posso transformar meus passos e, mais importante, transformar a mim mesmo. Ele mostrou que sempre há uma saída, sempre há uma solução, sempre há uma chance. Sim, isso é verdade, ele me deu buquês de chances.


Ele também me disse coisas felizes, espocando champanhe na sala de estar nova. Já no escuro, ele me sussurrou maus agouros, fechando minha boca para que eu não gritasse. Tudo foi necessário. Champanhe e escuro.


O melhor dele, porém, foi me fazer aceitar o pior de mim. Foi me fazer aceitar e amar meus defeitos, que nunca foram poucos. Acho que no fim o amor faz isso: aceitação.


Depois de tudo, só o que eu tenho a dizer a ele é isso. Eu te amei, 2014. Obrigado por cada um de seus dias!

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